Pessoas que se exercitam mais possuem marcadores biológicos de idade que sinalizam até 9 anos a menos do que os indivíduos sedentários. Exercício leve é benéfico, mas vigor faz diferença
Quanto mais exercício se pratica, menos as células envelhecem. Isso já é mais que sabido, mas foi comprovado e quantificado outra vez pela ciência. Em um novo estudo publicado essa semana na revista Preventive Medicine, foi detectado que pessoas que se exercitam mais, possuem marcadores biológicos de idade que sinalizam até nove anos a menos do que os indivíduos sedentários.
Os pesquisadores avaliaram o comprimento dos telômeros (sequências de DNA localizadas nas extremidades dos cromossomos, conhecidas como marcadores da idade biológica. Quanto mais curtas são essas sequências, mais avançado é o processo de envelhecimento) de seis mil pessoas. As pessoas foram questionadas sobre qual atividade física praticaram nos últimos meses e qual a intensidade dessa atividade.
Após eliminar variáveis como tabagismo, obesidade, ingestão de bebidas alcoólicas, gênero, idade, entre outros, os pesquisadores verificaram que pessoas que se exercitam mais intensamente possuem os telômeros mais longos, ou seja, envelhecem mais devagar do que os que são sedentários. As pessoas que eram sedentárias apresentaram um encurtamento considerável dos telômeros, o que equivale a uma diferença de idade biológica ou celular de nove anos.
O nível de exercício que apresentou o melhor indicativo contra o envelhecimento foi o equivalente a 150-200 minutos semanais de atividade intensa, e as que realizaram atividade um pouco mais moderada, mas por longos períodos de tempo.
Os que se exercitavam um pouco menos também obtiveram benefícios, mas não foram tão poderosos quanto os que se exercitaram mais. Os pesquisadores concluíram que o exercício leve é benéfico, mas em termos de envelhecimento, o vigoroso é que faz a diferença. Mais uma vez a ciência comprova que a atividade física é essencial para uma vida saudável e equilibrada e agora com o bônus de alguns anos há mais.
Referências: Tucker, L. et al., Physical activity and telomere length in U.S. men and women: An NHANES investigation.Preventive Medicine. Volume 100, (2017) 145–151.
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
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