Filme adiciona ação, velocidade e (ainda) mais Minions à fórmula que já rendeu mais de US$ 2 bilhões. Vilão é o melhor da saga, com ombreiras e passos de Michael Jackson.
Prepare-se para mais uma enxurrada de Minions. Os carismáticos seres amarelinhos ainda são as grandes estrelas no terceiro “Meu malvado favorito” e, com seu retorno aos cinemas nesta quinta-feira (29), também voltarão às roupas, brinquedos, objetos de decoração, materiais escolares, utensílios para o lar, capas para celular… será impossível escapar deles.
Sem contar a infinidade de produtos licenciados, a franquia já arrecadou mais de US$ 2 bilhões em todo o mundo (incluindo o spin-off dedicado aos heróis arredondados). Parte disso é resultado de uma fórmula quase infalível, composta por:
- Uma história leve, nada complexa, fácil de entender
- Personagens pensados para as crianças, mas que também divertem os adultos
- Dubladores famosos e engraçados na versão original (e também em português)
- Referências à cultura pop e muita, muita música
- É claro, os Minions
A outra parte se deve a um feito raro: “Meu malvado” consegue aprender com os erros do passado e agradar mais a cada sequência. Enquanto o primeiro filme apresentou uma boa premissa, mas trama insossa, o segundo incluiu um bom novo elemento - Lucy (Kristen Wiig originalmente, Maria Clara Gueiros no Brasil), que se torna mulher de Gru (Steve Carell e Leandro Hassum). Já o terceiro repete a fórmula, sem grandes novidades, mas aposta em mais ação e enredos paralelos que se embolam em um ritmo alucinante.
Meu vilão favorito
Pouca coisa sobrou da ideia original. Gru, um ex-vilão cujo coração foi aquecido pelas três doces garotinhas que adotou, já nem cogita retomar o antigo ofício. Na nova sequência, é tentado por um irmão gêmeo até então desconhecido, Dru (também Steve Carell e Leandro Hassum), um ricaço que parece ser o seu oposto, principalmente por causa da longa cabeleira loira. Disposto a aprender os segredos da vilania, ele acaba sendo usado por Gru para combater o mal.
A perversidade, dessa vez, é personificada em Balthazar Bratt (Trey Parker e Evandro Mesquita), astro de TV dos anos 80 esquecido e ressentido com Hollywood. Com ele, a animação ensaia uma divertida sátira aos excessos da TV e do cinema. É o melhor vilão da saga, com motivação, ombreiras, bigodão vintage e passos de dança embalados por Michael Jackson, Van Halen e A-ha - papais e mamães vão amar. Por falar em música, as de Pharrell Williams brilham na trilha sonora.
Minions, Minions, Minions (e mais Minions)
Já as crianças devem vibrar com ainda mais destaque aos - estava demorando para voltar a eles - Minions. Sem ter muito mais o que fazer na história, os bichinhos fazem graça na praia, em perseguições, em um programa de calouros, na prisão... As meninas também ganham mais espaço, com a fofa saga da pequena Agnes para encontrar um unicórnio. E a família feliz de Gru e Lucy cativa por, mesmo em aventuras completamente malucas, parecer viver perrengues reais - preocupação, insegurança, ciúmes dos filhos.
Mesmo simplório e previsível, “Meu malvado favorito 3” dá mais um passo adiante na franquia e cumpre seu papel com segurança: entrega ao público uma hora e meia de diversão sem culpa, entre goladas de refrigerante e boas porções de pipoca. Certamente repetirá, nas bilheterias, o sucesso dos antecessores. E pra quem está de saco cheio dos Minions, melhor se conformar: não há qualquer sinal de que eles vão parar por aí.
Nenhum comentário:
Postar um comentário