Adultos que usam aparelhos ortodônticos buscam cura para dores de cabeça, de ouvido e disfunções de ATM, além de garantir um sorriso campeão
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Quem usa aparelho tem um desgaste mais intenso da escova, precisando trocá-la a cada 30 dias
Quem já deixou para trás os tempos de colégio e faculdade também pode usar aparelho ortodôntico, em busca do seu melhor sorriso. Os adultos até os 40, que vão aos dentistas com essa demanda, procuram especificamente pelo apelo estético, com dentes brancos e perfeitamente alinhados. Já os mais velhos estão em busca de bem-estar, segundo Verônica Tinoco (CRO-RJ 28 583) , ortodontista do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), de Niterói (RJ).
Esse segundo grupo é composto por pessoas que já passaram por vários especialistas como clínicos, neurologistas e otorrinolaringologistas antes de considerar que o problema possa ter origem bucal.
“Muitas mulheres acima dos 60 nos procuram por causa de problemas funcionais, que agravam com a idade. Elas chegam com dores de cabeça, dor na nuca, problemas de ATM (disfunção da articulação temporo-mandibular)… São pessoas que querem apenas parar de sentir dor – a estética para eles é um brinde. Mas, claro, que eles ficam mais animados no decorrer do tratamento ao ver o resultado estético, decorrente do tratamento funcional”, analisa Verônica.
A ortodontia também pode ser passo antes de outros tratamentos dentários. “Adultos que tenham a falta de algum dente na boca precisam reabilitar o espaço vazio. No caso de implantes, os dentes vizinhos podem ter ocupado o vão, daí o aparelho corrige esse espaço para que depois seja realizado o implante”, explica Martha Brandão (CRO-SP 97 046), da Clínica Odonto Brandão.
Quem pode usar aparelho ortodôntico?
O pré-requisito para o uso de aparelhos ortodônticos é que a saúde bucal esteja em dia, com a higiene. “O paciente dever ter uma higiene oral adequada, não ter problemas periodontais sérios, como perda óssea ou dentes com mobilidade. O ortodontista irá pedir a documentação ortodôntica e irá avaliar as condições ósseas do paciente”, explica Verônica.
“Iremos avaliar se a parte óssea do paciente está saudável, bem como a parte gengival. A gengiva tem que estar saudável, não pode haver sangramento gengival – não é que haja a contraindicação, mas é preciso fazer um tratamento prévio com um periodontista para que eu tenha condições de movimentar os dentes do paciente”, concorda Martha.
Adultos valorizam aparelhos ortodônticos discretos
Adultos podem usar tanto os aparelhos fixos quanto os móveis – o efeito será idêntico. Porém, ambas as especialistas observam que esse público prefere aparelhos mais discretos, às vezes, até por questões profissionais.
Os aparelhos móveis possuem um custo superior ao dos modelos fixos, mas atendem ao quesito da discrição. Nesse grupo, vale citar os chamados aparelhos linguais, que ficam atrás dos dentes, em contato com a língua. Outro tipo que merece destaque são os aparelhos ditos invisíveis, que contam com uma película transparente e removível.
Entre os aparelhos fixos, os de porcelana oferecem menor impacto visual e são mais em conta do que os tipos móveis. “Muitas vezes a escolha do modelo pelo paciente é baseada na questão financeira e isso é possível porque todos, fixos ou móveis, vão te levar ao objetivo final”, diz Martha.
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