segunda-feira, 11 de julho de 2016

Farol baixo: o que vale ou não com a nova lei

Agora é lei utilizar farol baixo a todos os momentos nas estradas. Entenda como funciona a regra para não tomar nenhuma multa

Andar nas estradas com os faróis desligados ou qualquer outro tipo de iluminação que não seja farol baixo ou DRL vai render uma multa de 4 pontos e R$ 85,13.
Divulgação
Andar nas estradas com os faróis desligados ou qualquer outro tipo de iluminação que não seja farol baixo ou DRL vai render uma multa de 4 pontos e R$ 85,13.
Basta ficar alguns minutos perto de uma estrada para perceber que muitos motoristas ainda não entenderam como funciona a lei do farol baixo nas rodovias. Passa carro com apenas os faróis de neblina ou de milha ligados, ou com as luzes de posicionamento, e alguns poucos da maneira correta. Afinal, como funciona essa lei, o que vale ou não e por que temos que utilizar os faróis durante o dia?
Para não errar, é simples: entrou em uma estrada, ligue os faróis como se fosse de noite. Essa é a regra. A única exceção é o uso das luzes de iluminação diurna, os chamados DRL – ou seja, aquela linha de faróis de LED na cor branca que os carros mais novos e caros possuem e que acende automaticamente. No entanto, embora o Denatran tenha publicado um despacho às pressas pouco antes , é melhor não arriscar, já que alguns Detrans ainda afirmem que o DRL não vale.
Tirando o DRL e o farol baixo, nenhum outro tipo de luz vale. Ligar os faróis na primeira posição (a luz de posicionamento, conhecida popularmente como lanterna) ou usar os faróis de neblina não é a forma correta de obedecer à lei. É uma infração média, rendendo 4 pontos  na CNH e multa de R$ 85,13 (que vai subir para R$ 103,16 em novembro). Se seu carro tiver faróis de longo alcance (também chamados de milha), lembre-se que é proibido usá-los em ruas bem iluminadas e com trânsito contrário.

E para que tudo isso?

A lei foi criada pelo senador José Medeiros (PSD-MT). O parlamentar foi policial rodoviário durante 20 anos e diz que, por experiência própria, o uso dos faróis sempre aumentou a segurança, mesmo durante o dia. Com as luzes acesas, aumenta a percepção que os motoristas têm de outros veículos – como, por exemplo, quando notamos o brilho dos outros faróis pelos retrovisores laterais.
Estudos feitos na Europa e no Canadá apontam uma grande redução no índice de acidentes com o uso de farol baixo e DRL, principalmente em países que possuem uma iluminação mais limitada por culpa do clima. O efeito pode variar entre 4% a 27% na redução de colisões, dependendo do tipo de batida, estação do ano, condições da via e da iluminação. No Canadá, a redução foi de 5,3%.
Já nos EUA, o uso de farol baixo ou DRL não é obrigatório. Um estudo feito em nove estados norte-americanos pela NHTSA, associação do governo que cuida da segurança viária, teve resultados diferentes. A variação da efetividade foi tão grande que a NHTSA considerou inconclusivo. Em alguns casos, o número de acidentes diminuiu, enquanto em outros aumentou.
O que aumenta ainda mais a confusão é que alguns estudos feitos por outras agências, como a Insurance Institute for Highway Safety (IIHS), mostrou uma redução de 3,2% nos acidentes entre mais de um veículo no período diurno. Outra pesquisa feita pela Exponent Failure Analysis, em cooperação com a General Motors, apresentou uma redução de 5% a 13% nas colisões entre veículos durante o dia, dependendo da iluminação e condição da via.

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