Agora é lei utilizar farol baixo a todos os momentos nas estradas. Entenda como funciona a regra para não tomar nenhuma multa
Basta ficar alguns minutos perto de uma estrada para perceber que muitos motoristas ainda não entenderam como funciona a lei do farol baixo nas rodovias. Passa carro com apenas os faróis de neblina ou de milha ligados, ou com as luzes de posicionamento, e alguns poucos da maneira correta. Afinal, como funciona essa lei, o que vale ou não e por que temos que utilizar os faróis durante o dia?
Para não errar, é simples: entrou em uma estrada, ligue os faróis como se fosse de noite. Essa é a regra. A única exceção é o uso das luzes de iluminação diurna, os chamados DRL – ou seja, aquela linha de faróis de LED na cor branca que os carros mais novos e caros possuem e que acende automaticamente. No entanto, embora o Denatran tenha publicado um despacho às pressas pouco antes , é melhor não arriscar, já que alguns Detrans ainda afirmem que o DRL não vale.
Tirando o DRL e o farol baixo, nenhum outro tipo de luz vale. Ligar os faróis na primeira posição (a luz de posicionamento, conhecida popularmente como lanterna) ou usar os faróis de neblina não é a forma correta de obedecer à lei. É uma infração média, rendendo 4 pontos na CNH e multa de R$ 85,13 (que vai subir para R$ 103,16 em novembro). Se seu carro tiver faróis de longo alcance (também chamados de milha), lembre-se que é proibido usá-los em ruas bem iluminadas e com trânsito contrário.
E para que tudo isso?
A lei foi criada pelo senador José Medeiros (PSD-MT). O parlamentar foi policial rodoviário durante 20 anos e diz que, por experiência própria, o uso dos faróis sempre aumentou a segurança, mesmo durante o dia. Com as luzes acesas, aumenta a percepção que os motoristas têm de outros veículos – como, por exemplo, quando notamos o brilho dos outros faróis pelos retrovisores laterais.
Estudos feitos na Europa e no Canadá apontam uma grande redução no índice de acidentes com o uso de farol baixo e DRL, principalmente em países que possuem uma iluminação mais limitada por culpa do clima. O efeito pode variar entre 4% a 27% na redução de colisões, dependendo do tipo de batida, estação do ano, condições da via e da iluminação. No Canadá, a redução foi de 5,3%.
Já nos EUA, o uso de farol baixo ou DRL não é obrigatório. Um estudo feito em nove estados norte-americanos pela NHTSA, associação do governo que cuida da segurança viária, teve resultados diferentes. A variação da efetividade foi tão grande que a NHTSA considerou inconclusivo. Em alguns casos, o número de acidentes diminuiu, enquanto em outros aumentou.
O que aumenta ainda mais a confusão é que alguns estudos feitos por outras agências, como a Insurance Institute for Highway Safety (IIHS), mostrou uma redução de 3,2% nos acidentes entre mais de um veículo no período diurno. Outra pesquisa feita pela Exponent Failure Analysis, em cooperação com a General Motors, apresentou uma redução de 5% a 13% nas colisões entre veículos durante o dia, dependendo da iluminação e condição da via.
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